A Morte do Pai
Karl Ove Knausgård escreve sobre a vida com dolorosa honestidade. Escreve sobre a infância e os anos de adolescência, a paixão pelo rock, a relação com a sua afectuosa e algo distante mãe, e o seu pai, sempre imprevisível, cuja morte o desorientou. O álcool e a perda pairam como sombras sobre duas gerações da família.
Quando ele próprio se torna pai, Knausgård tem de encontrar um equilíbrio entre o amor pela família e a determinação em escrever.
Knausgård criou uma história universal de lutas, grandes e pequenas, que todos enfrentamos na vida. Um trabalho profundo e hipnotizante, escrito como se a própria vida do autor estivesse em risco.
A Morte do Pai é o primeiro de seis romances que compõem a obra autobiográfica A Minha Luta.
Um Homem Apaixonado
Da morte do pai à experiência de ter filhos. É esta a passagem que Karl Ove Knausgård faz do primeiro para o segundo volume do romance autobiográfico A Minha Luta.
Em Um Homem Apaixonado, Karl Ove Knausgård deixa a mulher e a Noruega e parte para Estocolmo. É aí que se aproxima de Geir, outro norueguês expatriado, e reencontra Linda, uma poeta que o havia fascinado anos antes num encontro de escritores.
Se, em A Morte do Pai, Knausgård abordava o tema do luto, neste volume descreve as tempestuosas relações de amizade e amor e o dramático período antes de consolidar a sua relação com Linda.
Depois vem a experiência da paternidade, que subverte tudo à sua passagem. Há a urgente necessidade de escrever, mas também o quotidiano familiar, o cómico fracasso das férias, as humilhantes aulas de preparação do parto, as tensões nas festas de aniversário infantis, o stress de passear uma criança pelas ruas de Estocolmo quando o seu único desejo é continuar o seu romance. Knausgård fala dos momentos que compõem a vida de um homem, dilacerado pela necessidade de criar, mas também de viver, alguém para quem arte e natureza são uma necessidade física, alguém que oscila entre a energia vital e pensamentos mórbidos e que deseja com igual intensidade solidão e amor.
A Ilha da Infância
A memória de
Knausgård não segue uma ordem cronológica. Avança, recua, detém-se e depois
adquire um novo impulso. Isso torna-se evidente nesse exercício de realismo
autobiográfico que é «A Minha Luta». No terceiro volume, "A Ilha da
Infância", situamo-nos no Verão de 1969 na ilha de Tromøya, na costa sul
da Noruega, aonde Karl Ove chega ainda bebé num carrinho empurrado pela mãe. É
nesse universo familiar, entre as florestas carregadas de mistérios, que se
desenvolvem as intensas experiências da infância. Knausgård fala-nos das suas
sensações sobre a natureza do tempo, da memória e da existência, a felicidade
de ir à escola, os prazeres e problemas da amizade, a excitação da vida ao ar
livre, a descoberta sempre inesperada do amor, os medos, as alegrias, a leitura,as
roupas, a música e o desporto. E tudo isso entretecido na serena atenção da mãe
e no autoritarismo do pai, sempre disposto a castigar.
Dança no Escuro
Depois
de terminar os estudos secundários, Karl Ove desloca-se para uma remota vila piscatória
para trabalhar como professor. Não possui qualquer interesse nesse trabalho —
ou em qualquer outro — e o seu único objectivo é o de poupar dinheiro e começar
a escrever. Tudo corria bem, até ao momento em que as noites se começam a
alongar, e a sua vida sofre uma mudança repentina. A bebida causa-lhe desmaios,
as sucessivas tentativas de perder a virgindade terminam em humilhação, e, para
sua angústia, apaixona-se por uma estudante sua de treze anos. Tudo isto
enquanto a sombra do seu pai parece cada vez maior.
Só resta esperar pela tradução dos outros dois volumes desta série.