o Marcador de livro da Assírio & Alvim referente à obra de Fernando Pessoa.
Um dos maiores
génios poéticos de toda a nossa Literatura e um dos poucos escritores
portugueses mundialmente conhecidos. A sua poesia acabou por ser decisiva na
evolução de toda a produção poética portuguesa do século XX. Se nele é ainda
notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e
invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que
respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal,
na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão
simultaneamente múltipla e unitária da Vida. É precisamente nesta tentativa de
olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia
racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação
plausível para ter criado os célebres heterónimos - Alberto Caeiro, Álvaro de
Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.
Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em
1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua
mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários,
obtendo resultados brilhantes. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à
Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade
das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a
Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras,
mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como "correspondente
estrangeiro". Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de
natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e
em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada-Negreiros e outros, a
revista "Orpheu", que dá origem ao Modernismo. Entre a fundação de
algumas revistas, a colaboração poética noutras, a publicação de alguns
opúsculos e o discreto convívio com amigos, divide-se a vida pública e literária
deste poeta.
Pessoa marcou profundamente o
movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do
sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer
ainda pela animação que imprimiu à revista "Orpheu" (1915). No entanto,
quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara
apenas um livro em português, "Mensagem" (no qual exprime
poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua
famosa arca recheada de milhares de textos inéditos. A editora Ática começou a
publicar a sua obra poética em 1942. No entanto, já o grupo da
"Presença" tinha iniciado a sua reabilitação (poética e filosófica)
face ao público e à crítica. © 2003 Porto Editora, Lda.
Texto: https://www.wook.pt/autor/fernando-pessoa/2103
Um marcador bem importante Francisco!
ResponderEliminarBjs-Carmen Lúcia.
Obrigado Carmen.
ResponderEliminarUm abraço.
Sempre oportuno divulgar o nosso F. Pessoa. Lindo o marcador!
ResponderEliminar(Sou da área das línguas e literaturas, o poeta era estudado até à exaustão, mas com toda a legitimidade.)
Bjinho
Obrigado Odete e falar de Pessoa nunca é demais.
EliminarUm abraço.